O conceito de biodiversidade pode ser entendido como a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, abrangendo os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos complexos ecológicos de que fazem parte, compreendendo, ainda, a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas.
A variedade de vida no planeta está contida nos processos ecológicos e associados aos sistemas. Entre as áreas prioritárias no Rio Grande do Sul encontramos a Quarta Colônia, localizada na Encosta da Serra Geral e a Depressão Central. Outra área é formada pelos Campos da Campanha, onde está o falado bioma do Pampa. O Escudo Sul-rio-grandense faz parte da chamada Serra do Sudeste e o Litoral Médio guarda a Lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico.
Pelo menos três das áreas mais importantes do Estado, pertencem à metade sul e dizem respeito diretamente as pessoas que nela vivem e nestas estão inseridas. Os impactos e os perigos a biodiversidade residem no meio rural, e isto não quer dizer que somente os agricultores e suas famílias são responsáveis. Todos os seres pensantes do planeta possuem responsabilidades, e estas começam pela consciência própria e pela conscientização de todos da nossa espécie.
Aos nossos olhos, as práticas agropecuárias que agridem o meio ambiente são as mais variadas e vão desde uma inocente queimada até uma perigosa aplicação de agrotóxicos. Isto sem falar no desmatamento ou a ameaçadora caça e matança de animais em perigo eminente de extinção. Aos olhos do mundo, vinte anos após a Cúpula da Terra, realizada no Rio em 1992, a Rio mais 20 apresentou-se como mais uma oportunidade de refletir sobre o futuro que queremos para a sustentabilidade do planeta.
Os líderes do planeta, as organizações não governamentais e vários grupos representantes da sociedade mundial reuniram-se para determinar como é possível reduzir a pobreza, promover a justiça social e a proteção do meio ambiente em um planeta cada vez mais habitado. O que se viu foi a produção de um texto pobre em definições e descomprometido com a esperada “economia verde”, o criticado documento não trata com clareza das responsabilidades e das origens dos recursos.
Textos e documentos à parte, talvez a maior decepção tenha sido o comportamento das pessoas, dos grupos sociais, representantes de etnias e estudiosos da sustentabilidade. As notícias veiculadas nos meios de comunicação mostraram manifestações desordeiras e muitas vezes violentas. O maior perigo à biodiversidade reside nas diferenças ou nas cabeças daqueles que confundem políticas sociais com políticas partidárias.
Marco Medronha
repórter-rural.blogspot.com
mmedronha@hotmail.com
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