sábado, 24 de outubro de 2015

A comunicação para o desenvolvimento rural


A evolução dos meios de comunicação trouxe a necessidade de permanente atenção do extensionista rural às mudanças de comportamento da sociedade e particularmente do público rural. As tradicionais formas de mediação, pontes ou suportes para comunicar são constantemente superadas, por equipamentos modernos que causam fascínio e espanto pelas facilidades da tecnologia. 

O megafone pode ser considerado um equipamento símbolo na vida do extensionista rural. Utilizado geralmente em dias de campo para irradiar mensagens, organizar grupos, informar, comunicar, o megafone a exemplo de outros meios, sempre teve pessoas como protagonistas.

Outros meios de comunicação foram utilizados por pioneiros da extensão: flanelógrafo, imanógrafo, álbum seriado, diapositivos, flip chart, retroprojetor, gravador de fita entre outros. Junto a estes encontramos a grande contribuição dos meios de comunicação de massa, especialmente o rádio, a televisão e na contemporaneidade a internet.

Os meios de comunicação de massa são ferramentas que estão à disposição da extensão rural e são frequentemente utilizadas pelos agentes, quando se pretende dar ampla divulgação dos resultados de trabalho. As ferramentas de apoio podem ser classificadas em meios sonoros (telefone e rádio), escritos (jornais, boletins e revistas) e audiovisual (televisão e cinema). Em seu uso múltiplo constituem a multimídia – utilização de diversos meios simultaneamente (rádio, televisão e jornal) e a hipermídia, a reunião de vários meios em um único equipamento (Exemplo: Sitio da Emater/RS-Ascar). 

Os meios de comunicação de massa visam atingir um número significativo e indeterminado de pessoas. Por suas características não permitem o contato direto do extensionista com o seu público, mas possuem um custo-benefício muito baixo, visto que as mensagens chegam a um número muito grande de pessoas, com rapidez e eficiência. Os meios massais utilizados pela extensão rural são: rádio, televisão, jornal, e-mail, website, rede mundial de computadores, comunicador instantâneo ou ferramenta de chat.

A comunicação na era da informação O uso de métodos e meios de comunicação mais apropriados sempre esteve presente na Emater/RS-Ascar. O principal objetivo é superar barreiras de comunicação com os diversos públicos trabalhados: índios, quilombolas, pescadores artesanais, assentados da reforma agrária, agricultores familiares, jovens rurais, mulheres rurais, idosos, agricultores em geral e demais segmentos da sociedade. 

Neste contexto, a extensão rural gaúcha utiliza através dos tempos, de um arsenal metodológico capaz de fazer chegar a informação de forma rápida, clara, objetiva e precisa, qualidades inerentes a boa comunicação.

Marco Medronha   mmedronha@hotmail.com 

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Os professores do bem



Nos caminhos da vida, todos nós tivemos professores. Quero destacar aqui os que foram importantes para nossa formação e decisivos na aprendizagem, nossos ídolos, os educadores ou educadoras do bem. Devo admitir que, na linha do tempo, não foram raros os professores da maldade, mas eles ficaram na fumaça do passado, pois um dos ensinamentos aprendemos, o bem, assim como o amor, sempre deve prevalecer. 

Para a grande maioria das pessoas, os professores pioneiros foram os pais, referências quando guiaram nossos primeiros passos, nos deram alimento, ajudaram na aquisição da linguagem, construíram demonstrações de carinho, mostraram os perigos da convivência social, estiveram ao lado como companheiros e amigos. Para alguns de nós, os pais foram os tios, avós, parentes próximos ou até mesmo desconhecidos apenas no início, eles poderiam ser dois ou apenas uma pessoa que se doa com amor incondicional.

Quando começamos a frequentar a escola formal surgem outras pessoas importantes. As “tias” e os “tios” do pré, o encanto pelos professores do ensino fundamental, a contestação injusta aos educadores do ensino médio (na adolescência), a aposta nos professores do ensino superior e da pós-graduação. O certo é que, em todas estas fases ou em pelo menos uma delas, tivemos professores ou professoras do bem, aqueles inesquecíveis, porque foram balizadores na formação do nosso caráter.

No dia do professor, 15 de outubro, desejo homenagear os mestres do bem. Figuras ilustres que figuram como heróis da minha existência e eles não foram poucos. Eu te convido a fazer uma reflexão e buscar no túnel do tempo, educadores que foram fundamentais em tua vida. Quem sabe eu e tu possamos nesta data lembrar, de pelo menos uma pessoa importante em nossa educação e, num ato de gratidão escolher um meio de enviar uma mensagem ao querido professor ou professora do bem.

Marco Medronha   mmedronha@hotmail.com

sábado, 3 de outubro de 2015

Persistir e perseverar


Durante a vida algumas palavras me acompanham e soam nos meus ouvidos. Persistir e perseverar são duas delas que escutei de pais, avós, padrinhos, professores, pessoas do bem e, principalmente, vencedores. Gente que conseguiu algum tipo de realização seja profissional, material ou espiritual. São termos que parecem a mesma coisa, mas descobri que são diferentes e podem ser complementares.

Os significados das palavras vão muito além dos dicionários. No Aurélio, a ação ou o efeito de persistir define a persistência. Quem é persistente tende a fazer várias tentativas, da mesma forma, sem mudar o jeito. Provavelmente, o problema da maioria das pessoas desistirem dos seus sonhos, seja a repetição continua de uma mesma ação sem encontrar os resultados desejados. Einstein já dizia: “Não há maior demonstração de insanidade do que fazer a mesma coisa, da mesma forma, dia após dia, e esperar resultados diferentes”.

O perseverante tende a ter mais criatividade e flexibilidade, pois tem a visão de um estrategista. Perseverar é identificar as várias possibilidades para chegar a um objetivo. Para ele, o foco é fundamental e saber escolher a forma mais coerente para persistir é uma qualidade. Com um leque de alternativas disponíveis, os perseverantes possuem jogadas diferentes para furar os bloqueios. Assim é no esporte, os técnicos de futebol ensaiam jogadas para fazer o gol. 

Mas os persistentes e perseverantes têm algo em comum: a busca por um objetivo. As duas qualidades juntas são imbatíveis, um tenta várias vezes até atingir o resultado, o outro aprende com os erros e tenta fazer diferente. Isso fica claro no livro Nunca deixe de tentar, do ex-jogador de basquete americano Michael Jordan. Ele diz que você pode treinar todos os dias, por oito horas, uma jogada de arremesso, mas se estiver usando a técnica errada vai se tornar apenas um bom arremessador.

No entanto, os perseverantes não possuem supremacia absoluta sobre os persistentes, eles se equivalem. A lógica indica que as pessoas mais vividas, com mais experiências acumuladas tendem a ser mais persistentes, pois já conviveram com os obstáculos e podem auxiliar os mais jovens no caminho da perseverança.


Marco Medronha    mmedronha@hotmail.com