quarta-feira, 26 de novembro de 2014

A carne ovina


       Quando o assunto é a culinária gaúcha, logo lembramos da tradicional carne de charque para o arroz carreteiro e do churrasco, refeições práticas utilizadas nas fazendas e nas tropeadas pelo Brasil afora. Mas também temos a influência das imigrações italiana, alemã, polonesa, francesa, portuguesa, africanas e demais culturas que fazem parte do nosso estado continente. A carne, como fonte de proteína possui identidade alimentar com os vizinhos uruguaios e argentinos promove a qualidade dos rebanhos ovino e bovino.

     Resgatar receitas do meio rural poderia ser uma tarefa complicada se não fosse gratificante. Com a carne ovina por exemplo, a extensão rural desenvolveu um trabalho pioneiro na região, com estímulo a criação e a publicação de um livro com mais de 300 receitas de “Carne Ovina”. O resgate culinário foi realizado na década de 90, em Pinheiro Machado, pela extensionista rural, Neli Ferreira da Silva. O município tradicional na ovinocultura possui atualmente um rebanho ovino superior a 150 mil cabeças, onde os produtores mantêm a qualidade do manejo nas propriedades rurais.

    Com o rebanho expressivo no município é natural a utilização da carne de ovelha como fonte de alimento. Porém foi necessário quebrar o hábito do churrasco de ovelha e incentivar as famílias na utilização de novas receitas. Recentemente, a Emater/RS-Ascar realizou o 1º Almoço do Cordeiro a Cacimbinhas, trata-se de uma receita de carne ovina feita com ingredientes locais, utilizando vinho e azeitonas, produtos destaques do município. O almoço, carne de cordeiro além de divulgar os diferentes tipos de culturas produzidas na região, também incentivou o turismo no local, mostrando diversificação do preparo da carne de ovelha.

Receita:   
      Para otimizar o preparo da carne ovina, os especialistas dão a dica: Na região do pescoço, há carne para panela, ensopado e linguiça; Na da paleta, há para fritar ou ensopar – as carnes desossadas ou fatiadas prestam-se para o churrasco; Na região do lombo, estão os cortes nobres ou a peça inteira usada para o churrasco; Na anca, encontram-se, também, carnes nobres usadas para churrasco; Na região do pernil estão as peças mais nobres dos cortes de ovino – excelentes pratos são preparados com pernil de cordeiro; Na costela e aba da costela situam-se essas e suas pontas, mais o “vazio” (carne sem osso), tipos muito usados na panela ou em churrasco com a peça inteira.



Marco Medronha     mmedronha@hotmail.com

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

As crianças lá do campo


Foto postada por: Felipe Brandão


Naqueles dias chuvosos bate uma nostalgia gostosa das lembranças e saudades dos tempos de criança lá no campo. Lembro dos amigos de infância e da vontade que tínhamos em brincar, tempos em que divertido era correr, entrar na chuva para se molhar e se atirar de carrinho nas poças d’água depois de uma chuva de verão. O risco era chegar em casa quase a noitinha, cansado de tanto gastar energias e receber um dolorido puxão de orelhas pela roupa molhada e embarrada.

Será que valeu à pena? Tenho certeza que sim. As crianças lá do campo provavelmente eram mais felizes porque tinham a natureza e a inocência como aliados e seus pais eram rigorosos na educação dos filhos. Eu, particularmente nunca apanhei, pois era do grupo dos mais comportados ou daqueles que sabiam fazer a arte na hora certa, tipo “sorrateiro”, no bom sentido. Nem todos tinham a mesma sorte, a disciplinadora varinha de marmelo, com freqüência   riscava as pernas dos calças curtas. 

Mesmo que todas as crianças sejam imaginativas, algumas poucas brincadeiras eram parecidas com aquelas da gurizada da cidade, talvez o jogo de bola, com uma diferença: os do meio rural jogavam com os pés descalços, o tal de tênis era artigo de luxo. Subir em árvores e tomar banho de açude eram minhas artes preferidas, mesmo quando as pernas ficavam tapadas de sanguessugas e tinha que arrancar com os dedos uma por uma. Pra quem não sabe, a sanguessuga é um anelídeo, animal hermafrodita, que possui ventosas e se alimentam geralmente de sangue. No Rio Grande do Sul, os guris do campo chamam de “chamichungas”.

Bah... mas isso era saudável. Mas claro, no meio rural existe um universo imaginativo para as crianças explorarem o faz-de-conta e tudo que existe na natureza possui seu fundamento, aprendi que para qualquer enfermidade ou machucado dos arteiros, ali mesmo nos campos, rios e florestas existe o tratamento adequado, mesmo a grudenta chamichunga é utilizada pela gente da cidade, nos tratamentos medicinais, estéticos e terapêuticos. 

Mas os tempos mudaram e atualmente até os meninos do campo estão esquecendo das brincadeiras e aderindo a modernidade das novas tecnologias. Recentemente, entrevistando alguns pais do meio rural, que nem e-mail possuem ou conhecem, todos relataram que os filhos possuem um perfil no Facebook e, que o Nintendo, o X-Box, o Playstation e outros jogos eletrônicos mais atuais que a moçada conhece, já estão ultrapassados. 

Fiquei realmente preocupado. Será que os meninos do campo estão virando marionetes da tecnologia e estão entregando suas vidas ao controle sem fio e sem volta dos jogos eletrônicos? Se isso estiver acontecendo, certamente vão estar perdendo o encanto de ser criança, daquela que ao abrir a janela reconhece o canto dos pássaros. Acredito que cabe aos pais impor limites e mostrar, que os “bips” são sons forjados pela indústria alienante e que é bom ser criança lá no campo.


Marco Medronha     mmedronha@hotmail.com

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Cancha reta

 
Aos domingos à tarde no interior do Rio Grande do Sul, por muitos anos, a corrida de cavalos foi a grande atração das famílias rurais, alguns municípios gaúchos a cancha reta ainda é preservada, assim como o gosto do homem dos pampas pelos cavalos. A competição é para muitos um acontecimento a parte, na corrida são feitas apostas e os animais são preparados para a “penca”, um termo regional que define a corrida de cavalos numa cancha reta de mais ou menos 700 metros.
 
Ainda lembro da zoiera de uma corrida de cavalos, entre gaúchos pilchados e prendas bem arrumadas, sempre havia algum borracho fazendo fiasco, depois de alguns goles de cana os tauras apostavam até o que não tinham. Guri ou piá, como chamam os pequenos se perdiam na poeira de cada penca corrida e não tinham muitas chances de se dar bem, só olhar o movimento, mas tinha algo que valia a pena: o refrigerante geladinho e o gostoso pastel de carreira.
Ao comando de “se vieram caraco”, cavalos e jóqueis começavam a corrida e daí até o final era uma gritaria só, eu pequenino nunca consegui ver uma chegada, mas me contentava enquanto os grandes comemoravam, em ver o retorno dos competidores. Ali, na cancha reta, aprendi que as raças ou pelagens de cavalos tinham influência no resultado por seu melhor ou pior desempenho, mas até hoje não sei qual a melhor, mas sei que falavam em zaino, tobiano, tordilho, colorado, douradilho, bragado, malacara, gateado, lubuno, rosilho e pangaré, entre outros.
Lembro que patrões e peões tinham suas preferências, mas aplainavam suas diferenças na hora da cancha reta, pois era o momento em que o trabalhador do lombo do cavalo mostrava seu valor e podia ser mais respeitado, um precisava do outro para vencer e receber juntos o prestígio da comunidade. Ser um bom jóquei era tão importante quanto a escolha do cavalo que iria correr, saber conduzir as rédeas era quase um dom e respeitar o adversário também, pois era preciso estar bem preparado e reconhecer as qualidades dos outros e impor seu ritmo até o final.
 
Na cancha reta das últimas eleições assistimos recentemente, um péssimo exemplo de competidores, pois na corrida para ganhar a ordem era sacanear o adversário e desconstruir a imagem do outro para poder mascarar as próprias deficiências. Nesta carreira, eles se esqueceram do público que está ali assistindo e querendo aplaudir o talento do melhor jóquei, aquele que com humildade e elegância põe o que tem de melhor na competição mostrando que tem café no bule e muito pastel de carreira para oferecer.
 
 Marco Medronha    mmedronha@hotmail.com
 










 

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Mato sem cachorro


Foto: Tárcio Michelon


Uma expressão que provavelmente tenha surgido na Inglaterra, onde nas famosas caçadas o cachorro era decisivo na perseguição e apreensão da caça, quando na mata não havia os caninos os caçadores se viam num mato sem cachorros, sem condições de caçar. O dito popular se espalhou pelo mundo e, principalmente aqui entre os gaúchos é muito utilizada para expressar uma situação de extrema dificuldade, em que não se tem ninguém para recorrer, a pessoa tem a sensação de estar perdida, sem saída.

Ao percorrer propriedades do meio rural percebemos que o cachorro é unanimidade, não só para dar as boas vindas pra quem chega na porteira, quando não assusta o visitante, mas para auxiliar o produtor nas atividades campeiras.  Na função de guardião, o cachorro proporciona segurança e qualquer movimento estranho, de dia ou a noite, põe todos na casa em alerta. De acordo com a insistência do latido, o dono já sabe por antecedência do que se trata, não consigo imaginar uma propriedade rural sem cachorro.

Mesmo sabendo da preferência das pessoas por determinadas raças e respeitando as opções, quero falar de uma raça de cachorro que me impressionou, o Border Collie. Numa dessas pautas indicadas por colegas extensionistas rurais fui conhecer o trabalho de um treinador de cães, na Zona Sul do estado, em Arroio Grande. Chegando à propriedade para gravar a reportagem encontrei apenas o dono, o homem veio nos receber montado em seu cavalo, um gaúcho vestido tipicamente com um apito pendurado no pescoço e acompanhado por três Border's, recém treinados.

Ao ver os cães trabalharem com as ovelhas apenas sob o comando do apito do treinador entendi porque o Border Collie é considerado um das raças mais inteligentes do mundo. Cão pastor por excelência, ele adora o ofício de camperiar e apenas um cachorro, bem treinado pode conduzir um rebanho bovino ou ovino, com rapidez e eficiência. A raça possui alguma semelhança com o nosso tradicional cachorro ovelheiro, mas o Border é menor, tem o porte médio e é originário da Grã-Bretanha.

Outras características importantes e valiosas pra gosta de cachorros é a personalidade da raça: perspicaz, alerta, tenaz, receptivo, inteligente, jamais nervoso ou agressivo, trabalha pesado e com grande sociabilidade. Seu comportamento é de extremo companheirismo, cheio de energia e muito brincalhão com as crianças, mas pouco reservado com os estranhos. Assim como a maioria dos cães, o Border Collie adora uma recompensa, especialmente quando envolve elogios e alimentos, lógico. 

Uma raça assim, com tantas qualidades não custa muito barato e o preço pode limitar a aquisição pelo homem do campo. Se bem que aqui nos pampas tem alguns parentes próximos, que também dão conta do recado. Um guaipéca ou cusco e até mesmo um guaiúsco misturado podem ser mais preguiçosos, mas possuem o sentido do companheirismo e fidelidade ao seu dono, com eles sempre por perto, o produtor rural nunca estará sozinho ou num mato sem cachorro.

Marco Medronha   mmedronha@hotmail.com

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Momentos de expectativas



As eleições mexem com as estruturas emocionais das pessoas, o Brasil vive momentos de expectativas, as quais podem se transformar numa oportunidade de mudança para uma vida melhor. O desejo por algo próspero é intrínseco e muito pessoal, pois cada ser humano possui expectativa própria e o tamanho desta pode ser proporcional ou até mesmo maior que a decepção, caso você tenha problemas depressivos.

Ter expectativas na vida é necessário, mas não deixe que estas sejam a razão de tudo. Podemos comparar a expectativa com um caminho e colocar o pé na estrada, sem medo de ser feliz, afinal temos que acreditar nos nossos sonhos porque outros poderão viver aquilo que você deixou de acreditar. A eleição e as escolhas dos seus candidatos devem estar de acordo com suas convicções e não devem ser contaminadas pela influência daqueles que querem que você viva os delírios deles.

Mesmo que nossas expectativas quase nunca correspondam a realidade de nossas fantasias pense, que neste cenário, a angústia não pode ter lugar, caso contrário estaremos transformando as eleições numa batalha. Segundo Karl Kraus, numa guerra partimos da ideia que a gente vai se dar bem; em seguida, é a expectativa que o outro vai se ferrar; depois, a satisfação de ver que o outro não se deu bem; e finalmente, a surpresa de ver que todo mundo se ferrou.

Não queremos isso... não é mesmo? Por isso viva suas expectativas de forma serena e tranquila no rumo da sua estrada, que deve ser o caminho do bem, sem ódio e sem rancor no coração. Não tenha receio de ser atencioso demais, carinhoso demais, amante por demais, amigo demais porque os excessos para as coisas boas fazem bem a alma. Agora... não tenha expectativas demais porque é difícil lidar com as frustrações.

A expectativa de obter um sim ou não é um desafio constante em nossas vidas, mas também um casamento com o futuro incerto do qual não devemos ter medo, afinal nosso caminho é feito de múltiplas escolhas todos os dias e começam bem cedinho, logo que abrimos os olhos pela manhã.



Marco Medronha     mmedronha@hotmail.com

 

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Sonho de menino


Machu Picchu

Qual é seu sonho de menino ou menina? Ele pode ser único, alguns ou infinitos, pois entendo que nossos sonhos dependem da nossa capacidade de sonhar e correr atrás para realiza-los. Quero compartilhar neste espaço um sonho de menino que há mais de meio século percorre o imaginário de uma vida: conhecer de perto a cultura milenar dos Incas.

Tudo começou numa brincadeira de criança, num tempo em que as alternativas de entretenimento eram escassas, mas a imaginação compensava a falta de opções para uma criança brincar. Bastava ter na mão uma caneta ou lápis, folha de papel e vontade de desafiar os próprios conhecimentos, o jogo era assim: fazia-se traços em forma de colunas e na cabeça delas escrevia-se referenciais como cidade, estado, país, cor, animal, planta, esporte, planeta e quantos mais desejassem. O segundo passo era escolher aleatoriamente uma letra do alfabeto e começar a escrever palavras que começassem com cada referencial.

Não sei ao certo o nome da brincadeira ou jogo de memória, mas sei que jamais esqueci a sensação de em um determinado tempo listar todo o conjunto de referências solicitado. A brincadeira havia iniciado e o jogador da vez disse: escrevam agora palavras que comecem com a letra “C”, sem pestanejar escrevi Cusco para a coluna de cidade, assim como as demais solicitações. No tempo encerrado era hora de corrigir e mostrar o que cada um escreveu.  Hahahaha...esta cidade não existe! riram todos quando mostrei que tinha escrito Cusco, na opção cidade. O meu ponto, não valeu, mas tinha certeza que havia visto no mapa mundial aquela cidade.

Não aceitei a derrota e corri para a biblioteca em busca de informações, que comprovasse meu possível engano.  Lá estava: Cusco (em espanhol Cuzco ou Cusco, em quíchua Qosqo ou Qusqu, que significa umbigo "do mundo) é uma cidade no Peru situada no sudeste do Vale de Huatanay ou Vale Sagrado dos Incas, na região dos Andes, com população de 300 mil habitantes. É a capital do departamento de Cusco e da província de Cusco.

Perdi aquele jogo, mas ganhei um sonho: um dia conhecer a maravilha que meus olhos viram naquela página de enciclopédia. Cusco é uma cidade bastante alta (com 3,4 mil metros de altitude e foi o centro administrativo e cultural do Tahuantinsuyu, ou Império Inca. Templos gigantescos, palácios construídos no século XI ou XII, por um gente dotada de conhecimentos superiores na engenharia, astronomia, agricultura e outras ciências.
Construções perfeitas e em harmonia com o cosmos e a natureza, verdadeiros monumentos antigos que superam e desafiam a modernidade. Tudo isso, agora comprovados com meus próprios olhos em uma viagem a Cusco. Aqueles risos debochados, que me deixaram triste no passado não me chateiam mais, agora foram transformados numa alegria incontida de ter realizado um sonho de menino.


Marco Medronha    mmedronha@hotmail.com


sábado, 13 de setembro de 2014

O Saci-Pererê não envelhece



















Saci Pererê foi listado para concorrer a mascote da Copa do Mundo de 2014. (Foto: Montagem/Globo Esporte)
O tempo nos faz esquecer as lições que as lendas nos ensinaram quando crianças. Pena que mudemos tanto, a tal ponto de perdermos as referências boas que aprendemos na infância e que poderiam guiar nosso comportamento, parece que preservamos e cultivamos, com o passar dos anos, sentimentos mesquinhos e heranças malditas como o racismo.
Recentemente presenciamos a triste cena de uma jovem sendo execrada pela opinião pública, quando em um jogo de futebol chamou o goleiro Aranha de “Macaco”. Penso, que ela poderia ser eu, você ou qualquer um de nós sendo flagrado em um momento de emoção, onde a razão não explica, pois ela estava reproduzindo um sentimento trazido pelos antepassados e que nunca desapareceu da sociedade.
Envelhecemos centenas de anos, mal humorados e sem curar nossos traumas. Esquecemos com facilidade do Saci-Pererê, moleque travesso e brincalhão, que na pele de personagem popular alegrava a imaginação da criançada pulando numa perna só, fumando cachimbo e ostentando a touca vermelha. Segundo a lenda, ele vive escondido na floresta onde sua diversão é assombrar os homens maus que destroem a mata e o meio ambiente.
Está aí outra lição que não aprendemos. A ganância do homem continua desmatando a Amazônia, poluindo nossos rios, matas, lagos, praças e o próprio ar que respiramos. É tanta malvadeza que o coitado do Saci, nem na velocidade do seu redemoinho consegue assombrar.  Aliás, a assombração mudou de lado é pai que mata filho, mãe que joga bebê no lixo, homem que bate em mulher e mulher que vira lobisomem. Serão estas as lendas contadas por nossos filhos no futuro? Histórias em que o ranço venceu a alegria? Não quero acreditar.
Prefiro as histórias do negrinho moleque de uma perna só. Aquele com poderes mágicos para bagunçar as coisas, só pra depois encontrar e divertir as pessoas. O Saci-Pererê ficou mais popular quando foi adaptado e ganhou vida nas obras de Monteiro Lobato, onde virou figura querida e nada assustadora no Sítio do Picapau Amarelo. 
A personagem continua por aí fazendo as travessuras que toda criança deveria ter o direito vivenciar. Assim, com espírito serelepe teríamos mais ânimo e preparo para superar as adversidades. Vestir a carapuça do Saci é se despir dos preconceitos e saber que todas as cores, embora diferentes são complementares.   É saber que a convivência é uma arte e que a alegria não pode envelhecer.

Marco Medronha     mmedronha@hotmail.com