No mundo contemporâneo e globalizado a informação superficial com ares de banalidade ocupa cada vez mais espaço na mídia. Neste caminho vai também o jornalismo brasileiro, onde é quase um pecado observar estudantes de comunicação social sendo prostituídos por empresas muito mais preocupadas em gerar lucro ou acumular riquezas. O produto apresentado como notícia são factóides sem conteúdo que beiram a mediocridade, onde o que mais importa no caso é a velocidade e a superficialidade da informação.
Neste contexto dramático, as modernas tecnologias da informação estão sendo utilizadas erroneamente, pois cada vez mais alienam as pessoas ao invés de promover a construção de identidades e inclusão social dos usuários. Raros são exemplos em que a internet, em especial as redes sociais, é usada para o exercício da cidadania. Até mesmo os sites poderosos de grande acesso pelos internautas e, que deveriam ter responsabilidade com a informação, teimam em colocar como manchetes, temas inúteis a nossa formação. Coisas do tipo: O cotidiano dos BBB’s; O suposto romance de Geisy Arruda e Tiririca; A moça que da CPI, “furacão” Denise Rocha curte férias na praia. Sinceramente... Isso importa!
Queremos ressaltar neste espaço mais que conceitos, a vivência e a convicção: A notícia que importa é aquela que acrescenta algo para o conhecimento e formação do cidadão. Você estudante ou profissional do jornalismo, não compactue ou exercite conceitos generalizantes do tipo “Notícia é qualquer tipo de informação que apresenta um acontecimento novo e recente ou que divulga uma novidade sobre uma situação já existente”.
É bom lembrar que em jornalismo, uma notícia se caracteriza por um texto ou imagem ou hipertextos informativos de interesse público, o qual narra algum fato ocorrido no país ou no mundo, onde o conteúdo é constituído por temas relevantes da vida social, política, econômica, cultural, entre outros. Também reforço que os comunicadores não se esqueçam das características essenciais da notícia: objetividade, imparcialidade e clareza.
Sem querer fechar algo que não é conclusivo, deixo um alerta a todos que, de certo modo são jornalistas com ou sem diploma: Sejam coerentes e responsáveis com aquilo que venham a postar nas redes, com o que escrevem ou mostrem em imagens. É seguro não esquecer que as mídias estão expostas a um público de dimensões incalculáveis, que a sua informação pode influenciar e modificar a vida das pessoas.
Marco Medronha mmedronha@hotmail.com
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