quinta-feira, 7 de março de 2013

A mulher que a poesia descobriu



No mês de março a mulher é exaltada em verso e prosa. A poesia faz homenagens à mulher operária, a diarista, a empresária, a doméstica, a profissional liberal, a mulher empreendedora urbana ou a mulher trabalhadora rural. Elas ocupam cada vez mais espaço na sociedade, em vários segmentos mostram muita competência. Será que existe no mundo alguma coisa que a mulher não seja capaz de fazer?

São todas reconhecidas por seus múltiplos valores e por uma única forma de ser: Mulher. De todas as fases, de todas as estações, mulher para o que der e vier. Na essência parece não ter idade. Como mostra a poesia de Martha Medeiros: “Sou uma mulher madura, que às vezes anda de balanço. Sou uma criança insegura, que às vezes usa salto alto. Sou uma mulher que balança. Sou uma criança que atura”.

Toda mulher possui seu esplendor único, defendido por Sêneca: “Uma mulher bonita não é aquela de quem se elogiam as pernas ou os braços, mas aquela cuja inteira aparência é de tal beleza que não deixa possibilidades para admirar as partes isoladas”. O sexo masculino manifesta preferências por algumas exuberâncias femininas, mas é no conjunto de atributos que se reforçam as relações mais duradouras.

O homem, na verdade sempre valorizou a própria existência, pois ela depende da mulher. O poeta Vinícius de Moraes compara a mulher com a vida, à beleza e à amizade, sentenciando: “Você (mulher) tem que ser a estrela derradeira, minha amiga e companheira, no infinito de nós dois”. A ligação da mulher com a vida e de tudo que é belo, não é uma simples utopia do poeta. É só imaginar a magia da concepção de uma nova vida, beleza resultante do ato de amor entre o homem e a mulher. Quanta poesia pode ser criada à infinita maravilha da mulher gestante.

Mas uma mulher em especial, além de estar nos versos dos poetas e poetizas, apresenta qualidades típicas do bem servir. Um tipo de mulher que faz parte de um jardim onde as flores são únicas e todas são comprometidas com a harmonia do conjunto. Mulher que trabalha com leveza, mesmo quando a jornada é dura, porque ama o senso de utilidade, que se importa com o bem estar pessoal e coletivo. Mulher que abraça a casa e a causa. É a trabalhadora da extensão rural. A mulher que a poesia descobriu como luz de esperança a milhares de famílias no campo.
Uma homenagem as mulheres trabalhadoras da Emater/RS-Ascar.

Marco Medronha    mmedronha@hotmail.com





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