Imagem: Juliana.oliveira.blog.uol.com.br
A profissão de jornalista nos permite com freqüência realizar, em algumas oportunidades, matérias prazerosas e que nos dão satisfação por trazer à tona informações das quais possam ser de interesse da sociedade. Mesmo que a reportagem trate de um tema amargo, ela pode de certa forma, construir algo novo em quem produz ou em quem recebe a mensagem.
Em uma reportagem de rádio, jornal ou televisão a entrevista é sem dúvida o segmento mais importante, pois é ela que pode trazer o verdadeiro protagonista do assunto a ser desenvolvido. No entanto, o profissional do jornalismo deve estar instrumentalizado com informações sobre o tema, e mais que isto, saber conduzir a conversa de maneira a considerar em primeiro lugar o outro.
A busca deve ser pelo formato de entrevista dialógica, neste caso temos outro componente fundamental: A atenção. Certo dia realizando uma reportagem, no meio rural de Pelotas, entrevistando uma trabalhadora da agricultura familiar, perguntei: - Como é a vida no campo? Ela respondeu: - Aqui eu sou muito feliz... Prefiro viver mais na cidade, do quê no campo. A entrevista continuou e eu não prestei a atenção que devia a resposta da entrevistada. Minha sorte foi a sua filha, que estava prestando atenção na resposta da mãe e corrigiu ao final. Engraçado nesta história foi que tivemos de repetir inúmeras vezes e a entrevistada, pois ela não conseguia expressar aquilo que desejava: - Prefiro viver no campo.
Ao comparar com as teorias da comunicação podemos dizer que a entrevista concepção de Rogers “é um encontro interpessoal que se desenrola num contexto e numa situação social determinado implicando a presença de um profissional e um leigo”. Ou ainda, segundo Morgan (1988), a entrevista é “uma conversa intencional, geralmente entre duas pessoas, embora por vezes possa envolver mais pessoas e ser dirigida por uma das pessoas, com o objetivo de obter informações sobre a outra”.
Os tipos de entrevista são: Não estruturada, estruturada e semi-estruturada. A não estruturada, o entrevistador propõe um tema, o qual se desenvolve ao fluir da conversa, as questões emergem em um contexto imediato. O entrevistador promove, orienta e encoraja a participação do sujeito e estimula a tomada de consciência do entrevistado.
Por fim, a linguagem do entrevistador deve ser acessível para o entrevistado, deve também ser de interesse do mesmo, o tema deve construir um tipo de estímulo ao entrevistado, devemos levar em conta o comportamento não verbal do entrevistado e a informação recolhida deve ser tratada com a máxima responsabilidade.
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