Quando o tempo ficava feio lá fora, minha avó tinha um ritual: Cobria os espelhos, fazia uma cruz de sal, desligava a eletricidade, guardava facas, tesouras e rezava para Santa Bárbara. Nunca discuti ou duvidei dos seus métodos, porque sabia que aquilo era uma forma de proteção a nossa família, uma atitude da experiência. Todos nós, por certo já ouvimos algumas histórias sobre acidentes causados por tormenta, temporal ou tempestade.
Dia desses ouvi no noticiário do rádio o depoimento emocionado de um agricultor, que perdeu toda a sua produção por causa da chuva de granizo, ele se referiu ao termo “tormenta”. Num primeiro momento achei estranho a forma como ele falou do evento, ao investigar descobri que: Tormenta é uma palavra do português, um substantivo que significa tempestade forte; Temporal é relativo ao tempo, grande chuva, tempestade e Tempestade é um estado climático caracterizado por ventos fortes e, muitas vezes, acompanhado por chuvas de granizo, relâmpagos e trovões.
Alguns agricultores são resignados pela ocorrência de perdas nas lavouras, outros fazem o seguro agrícola, pois sabem dos riscos e dos perigos dos fenômenos climáticos. Infelizmente, eles são comuns no campo e não raramente fatais. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os raios principalmente, já causaram a morte de 1321 pessoas no Brasil entre os anos 2000 e 2010. O país é o campeão mundial de descargas elétricas e esse número vem aumentando com os anos, recebendo cerca de 50 milhões de raios por ano.
Tecnicamente, o raio é um fenômeno natural também chamado popularmente de relâmpago. É uma descarga elétrica ou descarga atmosférica que ocorre entre nuvens ou entre a nuvem e a terra. Os raios podem causar destruição atingindo pessoas, residências, danos a eletrodomésticos, transformadores e etc. Eles, os raios, costumam cair no caminho em que encontra menor “resistência” entre a nuvem e a terra. Os pontos altos e pontiagudos favorecem o início da descarga elétrica.
Certamente, o maior dano é a integridade física das pessoas e onde reside nossa grande preocupação. Na próximo espaço do Repórter Rural estarei falando sobre os perigos das descargas elétricas na praia e no campo.
mmedronha@hotmail.com
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