sábado, 12 de abril de 2014

O perigo da crítica construtiva


O despreparo de algumas pessoas que exercem papel de liderança, por certo já desmotivou e escondeu muitas potencialidades. Durante o caminho profissional conheci muitas chefias, que em nome da crítica construtiva, causaram estragos profissionais e até mesmo psicológicos em jovens com futuros promissores. Para aqueles que persistem, a vida pode oferecer oportunidades de ver o tanto que foram bons e o quanto seu chefe não teve a habilidade necessária de um líder.

É raro ver alguém sair sorridente e feliz após a correção de rumo inábil da chefia. A crítica pura e simples machuca, principalmente quando a tarefa ou o ato é realizado na maior das boas intenções. A pessoa criticada fica com a auto-estima abalada, na defensiva e algumas vezes com raiva, por não ter sido bem preparada, muitas vezes pela própria chefia. Tenho como certo, que todo líder deveria ser preparado para exercer a função.

Na carreira profissional, a vida me ofereceu oportunidades de estar dos dois lados: Hora como líder, outra na condição de comandado. Confesso que a experiência militar de soldado, a primeira mais contundente e severa, depois da instrução familiar e escolar, foi decisiva no início da formação. A obediência aos símbolos nacionais, o cumprimento de horários e principalmente o reconhecimento das hierarquias foram fundamentais na disciplina do trabalho, mesmo discordando de alguns métodos militares.


Foi vivenciando experiências, na prática que aprendi algumas lições de liderança e neste espaço desejo compartilhar: É fundamental reconhecer que os pontos positivos de qualquer trabalho são mais ou igualmente importantes; que até mesmo os mais críticos são capazes de fazer elogios; o momento da crítica é quando o comandado está abaixo dos padrões e não em todo momento; o objetivo da crítica é para elevar aos padrões desejados e não motivos pessoais ou políticos; a crítica não deve corroer a auto-estima ou a confiança da pessoa; precisamos reconhecer que a forma como tratamos nosso liderado pode ter contribuído para desempenho não esperado.                    

Marco Medronha    mmedronha@hotmail.com


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