A
parábola pode ser compreendida como uma narração figurativa, na qual por meio
de comparação, o texto nos proporciona entendimento de outras realidades, tanto
fantásticas quanto reais. A experiência dos mais velhos, por exemplo, é muitas
vezes desvalorizada e revestida com a conotação de algo ultrapassado. Assim
como as pausas para o descanso podem ser entendidas como sinais de fraqueza ou
cansaço, quando na verdade se configuram em excelentes estratégias para
melhorar o desempenho.
A
parábola do Velho Lenhador ilustra bem o valor do saber experiente sobre a
força física e a importância de estarmos sempre afiando nosso “machado” na fé,
na vida pessoal e na profissão que exercemos. Diz a parábola: “Certa vez, um
velho lenhador, conhecido por sempre vencer os torneios que participava, foi
desafiado por outro lenhador jovem e forte para uma disputa. A competição
chamou a atenção de todos os moradores da localidade. Muitos acreditavam que
finalmente o velho perderia a condição de campeão dos lenhadores, em função da
grande vantagem física do jovem desafiante.
No
dia marcado, os dois competidores começaram a disputa, na qual o jovem se
entregou com grande energia e convicto de que seria o novo campeão. De tempos
em tempos olhava para o velho e, às vezes, percebia que ele estava sentado.
Pensou que o adversário estava velho demais para a disputa, e continuou
cortando lenha com todo vigor.
Ao
final do prazo estipulado para a competição, foram medir a produtividade dos
dois lenhadores e pasmem! O velho vencera novamente, por larga margem, aquele
jovem e forte lenhador.
Intrigado,
o moço questionou o velho: Não entendo, muitas das vezes quando eu olhei para o
senhor, durante a competição, notei que estava sentando, descansando, e, no
entanto, conseguiu cortar muito mais lenha do que eu, como pode!
-
“Todas as vezes que você me via sentado, eu não estava simplesmente parado,
descansando. Eu estava amolando meu machado…”.
A lição serve
para muitas situações que enfrentamos na vida. Às vezes baixamos a cabeça e nos
desgastamos fisicamente sem nos darmos conta que para quase tudo existe uma boa
estratégia. Ainda para contribuir deixo aqui um antigo Provérbio Chinês: “Se
quiser derrubar uma árvore na metade do tempo, passe o dobro do tempo amolando o
machado."
Ilustração: Wilmar Marques
Marco
Medronha mmedronha@hotmail.com
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