Em tempos em que a mídia anuncia aumento de preço do tradicional churrasco gaúcho, onde a causa principal é atribuída a estiagem prolongada, lembrei de um bordão: “Não tem pasto; não tem carne”, do João Urbano, personagem criado pelos pioneiros amigos, colegas e protagonistas das primeiras edições do Terra Sul. Tempos em que a equipe do programa tinha preocupação de tornar os temas rurais populares as pessoas da cidade.
Aí nasceu o João Urbano, com ele ficava fácil entender a dependência e a ligação que a cidade tem com o campo. Há... saudades daqueles tempos! em que a criatividade vencia de goleada todo o aparato tecnológico que temos hoje para levar a informação, mas isso é outra conversa.
Na época, o recurso utilizado foi de encenar, antes da apresentação de cada reportagem, com conteúdo e humor os problemas enfrentados na cidade pela falta de produção no campo. Aí nasceu o João Urbano, com ele ficava fácil entender a dependência e a ligação que a cidade tem com o campo. Há... saudades daqueles tempos! em que a criatividade vencia de goleada todo o aparato tecnológico que temos hoje para levar a informação, mas isso é outra conversa. Voltemos ao tema campo e a cidade.
Olhando os dados fica evidenciada a importância da produção de alimentos, principalmente da agricultura familiar, para a sustentar e oferecer produtos saborosos e de qualidade a população urbana. Por enquanto a minoria está garantindo alimentos para a maioria e se faz necessário, não estimular as diferenças ou competições entre o rural e o urbano, mas sim buscar a integração.
Segundo dados do Instituto Técnico de Pesquisa e Assessoria – ITEPA/UCPel, de 2009, o município de Pelotas possuí mais de 95 % de habitantes na área urbana e quase 5% das pessoas vivendo no meio rural. O contraponto na nossa região é o município de Arroio do Padre, que exatamente o contrário possui a maioria dos moradores vivendo no campo. A pesquisa mostra que na média dos municípios da Zona Sul, os percentuais apontam para 82,72% da população nas cidades e 17,28 no meio rural.
Olhando os dados fica evidenciada a importância da produção de alimentos, principalmente da agricultura familiar, para a sustentar e oferecer produtos saborosos e de qualidade a população urbana. Por enquanto a minoria está garantindo alimentos para a maioria e se faz necessário, não estimular as diferenças ou competições entre o rural e o urbano, mas sim buscar a integração.
As instituições e a classe política, que dependem de todos para se manterem vivos e operantes; necessitam exercitar mais a prática e menos o discurso. Quanto a nós; precisamos deixar de olhar o rural apenas como um lugar para descansar nos fins de semana ou um lugar para comprar produtos bons e baratos; necessitamos sair da acomodação, ser mais participativos. Quem sabe prestigiar um evento que mostre as potencialidades rurais dos municípios da Zona Sul?
Por certo... vamos compreender melhor a aflição do João Urbano: Não tem pasto; não tem carne.
Marco Medronha
mmedronha@hotmail.com
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