sábado, 3 de outubro de 2015

Persistir e perseverar


Durante a vida algumas palavras me acompanham e soam nos meus ouvidos. Persistir e perseverar são duas delas que escutei de pais, avós, padrinhos, professores, pessoas do bem e, principalmente, vencedores. Gente que conseguiu algum tipo de realização seja profissional, material ou espiritual. São termos que parecem a mesma coisa, mas descobri que são diferentes e podem ser complementares.

Os significados das palavras vão muito além dos dicionários. No Aurélio, a ação ou o efeito de persistir define a persistência. Quem é persistente tende a fazer várias tentativas, da mesma forma, sem mudar o jeito. Provavelmente, o problema da maioria das pessoas desistirem dos seus sonhos, seja a repetição continua de uma mesma ação sem encontrar os resultados desejados. Einstein já dizia: “Não há maior demonstração de insanidade do que fazer a mesma coisa, da mesma forma, dia após dia, e esperar resultados diferentes”.

O perseverante tende a ter mais criatividade e flexibilidade, pois tem a visão de um estrategista. Perseverar é identificar as várias possibilidades para chegar a um objetivo. Para ele, o foco é fundamental e saber escolher a forma mais coerente para persistir é uma qualidade. Com um leque de alternativas disponíveis, os perseverantes possuem jogadas diferentes para furar os bloqueios. Assim é no esporte, os técnicos de futebol ensaiam jogadas para fazer o gol. 

Mas os persistentes e perseverantes têm algo em comum: a busca por um objetivo. As duas qualidades juntas são imbatíveis, um tenta várias vezes até atingir o resultado, o outro aprende com os erros e tenta fazer diferente. Isso fica claro no livro Nunca deixe de tentar, do ex-jogador de basquete americano Michael Jordan. Ele diz que você pode treinar todos os dias, por oito horas, uma jogada de arremesso, mas se estiver usando a técnica errada vai se tornar apenas um bom arremessador.

No entanto, os perseverantes não possuem supremacia absoluta sobre os persistentes, eles se equivalem. A lógica indica que as pessoas mais vividas, com mais experiências acumuladas tendem a ser mais persistentes, pois já conviveram com os obstáculos e podem auxiliar os mais jovens no caminho da perseverança.


Marco Medronha    mmedronha@hotmail.com

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