segunda-feira, 20 de abril de 2015

O controverso espaço das mídias


As mídias ocupam lugar de destaque no mundo contemporâneo, pois as influências expostas e muitas vezes impostas influenciam na socialização dos indivíduos ao mesmo tempo em que servem de modelo no comportamento, tanto para o bem quanto para o mal. No entanto, a mídia pode ser vista como poderoso agente na educação e, dela não devemos esperar respostas prontas e sim interagir, a fim de, com sabedoria absorver os conteúdos de valorativos a nossa formação.

As mídias podem ser entendidas como um conjunto de ferramentas de carácter simbólico e material que atuam na produção de um tipo de mercadoria cultural. O seu universo é formado por elementos como mensagens difundidas e por produtos materiais como livros, revistas, jornais, dvd´s, entre outros, assim como a totalidade de conteúdos expressos em filmes, novelas, na publicidade e nas outras formas de mediação eletrônica como o rádio, a televisão e a internet.

O certo é que as mídias ganharam um status tão importante na formação das pessoas quanto as instituições tradicionais, escola e família. Este fenômeno midiático de socialização não deve ser ignorado e sim estudado e compreendido, por ser um agente social que permite a interação, algo que coloca o saber popular com força de competição com a educação formal e os preceitos familiares.

Admitir as mídias como uma nova forma de cultura presente na sociedade é também não discriminar estilos musicais, programas de televisão ou de rádio, formas de comunicação na internet, pois toda a cultura interativa é também reflexo de mudanças dos tempos. Antes mesmo de rechaça-las, talvez a medida mais sensata seja fazer uma avaliação sobre o nosso estágio neste contexto e, quem sabe, possa haver a necessidade de uma reciclagem, para não ficar parado no tempo.

Conceber as mídias como como uma matriz de cultura capaz de modernizar e potencializar a socialização pode ser uma forma de auto capacitação neste universo de atualização necessária. Pode ser inclusive como o discurso, quando comparado a um rio de água corrente, onde tudo se renova a cada segundo e o seu leito, assim como a tecnologia, já não é mais igual ao que se viu antes.

Marco Medronha   mmedronha@hotmail.com

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