Uma instituição enraizada no meio rural do Rio Grande do Sul, onde alcançou credibilidade pelo trabalho realizado com as famílias do campo, assim é a Emater/RS, referência de qualidade em extensão rural. Para comemorar o aniversário de fundação da instituição (14/03/1977), que está no coração dos gaúchos resgato parte do texto do meu livro “Histórias e Estórias no Sítio – Extensão e Comunicação Rural no RS”.
“Para revigorar e integrar o Sistema Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural, foi constituída, no dia 14 de março de 1977, a EMATER/RS – Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural. Sob a coordenação nacional da EMBRATER - Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural, a EMATER/RS inaugura uma nova etapa de relacionamentos com parceiros e sociedade. A solenidade de posse da primeira diretoria ocorreu em 30 de abril de 1977, na sede da FETAG. A diretoria era composta pelos engenheiros agrônomos Rodolpho Tácito Ferreira, presidente; José Inácio Pereira da Silva, diretor técnico; e Edmundo Henrique Schmitz, diretor administrativo. Entre as autoridades presentes no evento estavam o ministro da Agricultura, Alysson Paulinelli; o presidente da EMBRATER, Renato Simplício Lopes; o secretário da Agricultura, Getúlio Marcântonio; o secretário do Trabalho e Ação Social, Carlos Alberto Chiarelli; dirigentes da FETAG, OCERGS e FARSUL; técnicos da Secretaria da Agricultura, da ASCAR e de entidades ligadas ao setor agropecuário do Estado.
A EMATER/RS passava a se relacionar com a Secretaria da Agricultura, sendo a responsável pela formulação e execução da política de assistência técnica e extensão rural oficial no Estado do Rio Grande do Sul, e passaria a atuar conjuntamente com a ASCAR, mediante protocolo firmado. Sobre a nova configuração, o secretário de Agricultura, Getúlio Marcântonio, falou: “A EMATER é a vitória dos produtores gaúchos. Foram eles, através de suas entidades de classe – FETAG, FARSUL e OCERGS – que soergueram, quase do chão, a bandeira da extensão rural, onde a incompreensão a havia jogado”. Acrescentou ainda, “A nossa EMATER, que não pôde ser uma empresa pública a exemplo dos demais estados brasileiros, onde contou, inclusive, em todos eles, com o apoio da oposição, passa agora a ser uma radiosa realidade através de uma sociedade civil. Foi esta fórmula que os nossos produtores encontraram para não ficarem à margem do Sistema Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural”.
O ministro Alysson Paulinelli disse em seu discurso: “Considero histórica essa reunião, onde o Rio Grande do Sul, suplementando as dificuldades e, até mesmo, injustificáveis incompreensões, aceitou uma proposição de uma organização única, racional, objetiva e eficiente para dar atendimento a uma requisição que a cada dia mais sofrem os governos, que é a prestação de assistência técnica e extensão rural à atividade agrícola brasileira”.
mmedronha@hotmail.com
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