Conhecer plantas nativas é uma habilidade que me falta e uma fraqueza que
me acompanha pela vida. Identificar uma árvore entre centenas de milhares na
natureza sempre foi uma tarefa mais apropriada para agrônomos, engenheiros
florestais, biólogos, botânicos, técnicos agrícolas, índios, agricultores,
gente que vive ou estuda a natureza. A um jornalista, mesmo com conhecimentos
técnicos, o que atraí são as histórias.
Pois bem... tá ai uma planta que eu respeito, a senhora Aroeira, talvez
por não identifica-la em meio a tantas árvores de uma floresta. Na verdade,
sempre fui avisado quando me aproximava de uma, quando entrava na mata, logo
vinha o alerta: Ao passar pela Aroeira demonstre respeito e fale o tempo ao
contrário: se for de manhã diga “boa tarde senhora Aroeira e à tarde diga “bom
dia senhora Aroeira”. Lenda ou não conheci algumas pessoas que ficavam com
coceiras insuportáveis e brotoejas. Ao não cumprir o ritual, a pessoa adoece com
sintomas de muita febre e visão turva, coisa muito parecida com o sarampo.
Segundo o que aprendi, o segredo consiste em manter pouca distância e
muito respeito com a dita cuja, como se apresentasse diante de uma divindade. O
cuidado, nesse momento é que não se deve nem pestanejar e se possível repetir
três vezes o cumprimento às avessas, desta forma não precisa temer o mal da planta. Dizem que a Aroeira possui eflúvios que excitam de tal
maneira o sangue de algumas pessoas, que, só por passar por baixo desta árvore,
ou mesmo perto, adoecem de um modo alarmante.
Na
vida conhecemos pessoas tipo Aroeira que nos causam coceiras e por vezes nos
deixam doentes por emanarem fluídos negativos, prejudiciais à nossa saúde, não
é verdade? Dessas é melhor manter distância e trata-las com respeito, humildade
e precaução. Como diz aquele velho ditado português: “Cautela e caldo de
galinha não fazem mal a ninguém”.
Sou da roca,do mato.
ResponderExcluirJá vi e vivi no meio de muitos misteriosos.
A natureza tem vida!