Ao ouvir a notícia que hospitais nos Estados Unidos estavam por aprovar uma lei que proíbe o aperto de mão entre profissionais da saúde e os pacientes fiquei surpreso com a quantidade de doenças de um ato, que para muitos é cheio de simbologia e, que ao mesmo tempo pode trazer prejuízos sérios para aqueles que em recuperação nas unidades de tratamento. Como lidar com a situação quando, dependendo da cultura, o gesto social é um relevante modo de expressar, confiança, afinidade, amizade e sentimentos entre os seres humanos.
O aperto de mão, na maioria dos países, pode ser uma saudação ou um cumprimento que, seguido de um acordo verbal ou informal sela um compromisso entre as partes. Também é símbolo na concretização dos acordos formais assinados entre as pessoas ou instituições. No Rio Grande do Sul, principalmente entre os homens, o aperto de mão é mais que uma maneira de cumprimentar é um gesto que demonstra parceria ou respeito pelo outro. No entanto, em outras culturas, os mesmos significados são representados pela troca de beijos nas faces. Exemplos estão bem próximos, nossos vizinhos uruguaios ou mais distantes como o povo árabe.
O sorriso seguido do aperto de mão comunicam mais do que aparentam e são ricos em significados. Estudos realizados em 2008, do Journal of Applied Psychology, com centenas de estudantes mostram jovens que se submeteram a entrevistas para conseguir emprego fizeram parte de uma pesquisa, com recrutadores profissionais. Descobriu-se que havia uma forte sobreposição entre o grupo dos que receberam boas avaliações dos recrutadores e o grupo dos que tinham os apertos de mão melhor avaliados. Análises creditaram ao aperto de mão um efeito da extroversão do aplicante nas recomendações de contratação dos recrutadores.
Mesmo com este gesto tão positivo na vida das pessoas, a ameaça persiste. De acordo com a Unicef e a Organização Mundial de Saúde (OMS), a lavagem das mãos com sabonete pode reduzir infecções diarréicas em até 40%. Outro dado alarmante veio da Universidade do Arizona (EUA), esta constatou que o celular pode ter 10 vezes mais bactérias do que vasos sanitários. Meu Deus! Agora estamos mesmo perdidos, o celular que é quase uma extensão de nossos braços.
No mundo contemporâneo vivemos compartilhando tantos objetos, que até fica difícil de contar, pois imagine a condição das suas mãos se você não tiver uma higiene adequada. Na maioria das vezes é inevitável “conviver” com esses riscos, assim como é da natureza ter bactérias, vírus e fungos por todos os lados.
Para evitar uma série de doenças a prevenção mínima fundamental é a higiene das mãos. Considerando o contato que temos com objetos contaminados e, também a necessidade de preservação deste gesto tão representativo e necessário entre as pessoas, o aperto de mão.
Marco Medronha mmedronha@hotmail.com
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