Os agradecimentos deveriam começar
logo pela manhã ao sentir o cheirinho de café passado na hora e aquele pão
quentinho com a manteiga derretendo sobre ele. Hummm... Que delícia! Com os
sentidos aguçados saboreamos a primeira refeição do dia e saímos apressadamente
para o trabalho sem ao menos lembrar que por traz daquela primeira e necessária
alimentação, está o trabalho de um agricultor.
O dia continua e gastamos
energias no escritório, nas fábricas, no comércio, na construção civil, nas
plataformas de petróleo, nas academias, nas escolas, no esporte, na balada, no
trânsito, no legislativo, no executivo, no congresso, na carga e descarga de
alimentos... E nem mesmo neste momento, na hora do almoço, lembramos de
agradecer a quem de direito, pelo feijão, arroz, ovo, carne, hortaliças e
frutas, óleos e temperos que degustamos e nos regozijamos diariamente.
A noite ainda não chegou e
já estamos pensando na janta, a última refeição do dia. Pode ser algo leve como
uma sopa de legumes, um churrasco entre amigos depois jogo de futebol ou apenas
uma pizzaria pra comemorar os resultados do trabalho, ou ainda, um chopp com
colegas para desopilar e jogar conversa fora. Lugares onde se fala de tudo, mas
não lembramos jamais que por traz muitos momentos nossos de prazer e felicidade
está o trabalho de um agricultor.
Não preciso dizer que o
agricultor é uma figura estereotipada como alguém sem cultura, que trabalha na
roça e muitas vezes é motivo de chacota na cidade. Mas chamamos de agricultor, aquele
que prática a agricultura e pecuária e que produz alimentos para nutrir as
populações. Desta forma, o valor do trabalho do agricultor deve ser, no mínimo
ensinado às nossas crianças, para que elas não cresçam pensando que leite e
ovos saem das caixinhas e, que o arroz e feijão vêem das prateleiras dos
supermercados.
Em 28 de julho, dia do nosso
agricultor é fundamental que tenhamos consciência da importância dessa figura
humana em nossas vidas e, que saibamos valorizar e agradecer quem está nesta
profissão. Afinal, pelo menos uma vez no ano precisamos de um médico, um advogado,
um arquiteto, do dentista, do taxista ou do enfermeiro, por exemplos. Mas, três
vezes por dia precisamos de um colono agricultor.
Marco Medronha mmedronha@hotmail.com
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