domingo, 28 de outubro de 2012

Lindos seios













Ilustração: Wilmar Marques




A grande maioria dos municípios da Região Sul do Estado realizam suas exposições feira, a partir do mês de outubro. É uma excelente oportunidade de negócios para os produtores rurais, momento em que se apresenta ao público em geral toda a qualidade da produção agropecuária, especialmente dos ovinos, eqüinos e bovinos. Nas feiras, compradores e visitantes podem encontrar as tecnologias para o setor de máquinas, equipamentos e o melhor da genética dos animais.

Nesta época, excursões de agricultores de várias localidades do interior vão em busca dos melhores resultados do setor, com o objetivo de investir na propriedade rural. Para alguns, a feira é uma das raras oportunidades de sair da porteira para fora e uma possibilidade de integração com outros produtores. Nestas ocasiões, os técnicos costumeiramente acompanham os grupos de agricultores.

Quando atuei como extensionista rural, tive o privilégio de acompanhar alguns desses grupos. Na maioria pessoas muito simples, interessadas, educadas e como cada um de nós, passíveis de cometer enganos que não prejudicam em nada a relação entre amigos. Certo dia caminhava com o seu Marcos, agricultor, em um corredor com exposição de vacas leiteiras, em Pelotas. De repente, ele parou e admirado olhando um grande úbere, disse: - Olhe doutor... Que lindos seios têm essa vaca! Na hora tive vontade rir, mas não o fiz. Compreendi que ele tentou argumentar bonito... Talvez pra não falar “tetas”, temendo ser palavra “feia”.

As mamas (conhecidas popularmente também como seios ou peitos nos humanos, também são chamadas de tetas nos demais animais). Talvez seu Marcos não saiba, que toda palavra pode ser bonita, quando o motivo é nobre e o coração é puro. Ele levou aquela vaca holandesa de seios, digo de tetas fartas para sua propriedade, melhorou a genética de seu plantel e atualmente é a produção de leite que garante a renda e o sustento da família.


Marco Medronha      mmedronha@hotmail.com

sábado, 20 de outubro de 2012

Meio verde meio cor de rosa


Ilustração: Wilmar Marques

No meio rural é comum encontrar imigrantes, principalmente na colônia, com dificuldades na fala do idioma português. Fato perfeitamente compreensível, pois a aquisição da linguagem teria como referência a pátria mãe (alemães, poloneses, italianos...). O alfabeto estrangeiro da maioria dos colonos possui entre 21 a 32 letras, o que talvez justifique o aprendizado mais facilitado da língua, embora os tropeços sejam inevitáveis.
Quando trabalhei como extensionista rural, acompanhei um diálogo no mínimo engraçado, um colono alemão tentava vender uma vaca para um “brasileiro”. No meio da negociação o “brasileiro” perguntou: - Qual a cor do pelo da vaca? O alemão sem pensar muito disse: - Meio verde meio cor de rosa. Logo percebi que ali poderia ter alguém sem domínio do idioma português ou quem sabe, com pouco conhecimento das cores e até mesmo sofresse de perturbação da percepção visual, o daltonismo.
Segundo alguns artigos especializados existem diferentes tipos de daltônicos, pessoas que possuem alguma deficiência para enxergar as cores: Deuteranopia: Ausência de vermelhos. O vermelho parece cinza-esverdeado e o roxo não aparece. O verde parece meio acinzentado e o tom da pele perde o rosa.
Protanopia: Parece muito com a uma deuteranopia, mas não é mesmo. Exceto que o vermelho parece ser cinza escuro.
Tritanopia: O amarelo vira um rosa claro. Não há laranja. O azul do céu muda, assim como todos os vermelhos. O que você mais enxerga se parece com tonalidades de rosa e azul. A imagem fica mais embaçada.
Imagino que a pelagem da vaca do nosso querido colono poderia ser uma Jersey malhada (amarelo e branco) ou até mesmo uma vaca Holandesa européia (vermelho e branco). O certo é que estou fazendo uma simples dedução, pois é muito difícil imaginar o que o outro vê.
Segundo estudos, a vantagem para aqueles que possuem problemas para enxergar cores como o vermelho e o verde é que elas são melhores em detectar camuflagens. O mesmo ocorre com os portadores de dicromacia. Eles são mais apurados para avaliar texturas e dificilmente são enganados pelos padrões de cor. [fonte: Gene Reviews].

Marco Medronha

sábado, 13 de outubro de 2012

Os professores do bem



Nos caminhos da vida, todos nós tivemos professores. Quero destacar aqui os que foram importantes para nossa formação e decisivos na aprendizagem, nossos ídolos, os educadores ou educadoras do bem. Devo admitir que, na linha do tempo, não foram raros os professores da maldade, mas eles ficaram na fumaça do passado, pois um dos ensinamentos que aprendi é que o bem, assim como o amor, sempre prevalece.

Para a grande maioria, os professores pioneiros foram os pais, referências quando guiaram nossos primeiros passos, nos deram alimento, ajudaram na aquisição da linguagem, construíram demonstrações de carinho, mostraram os perigos da convivência social, estiveram ao lado como companheiros e amigos. Para alguns de nós, os pais foram os tios, avós, parentes próximos ou até mesmo desconhecidos apenas no início, eles poderiam ser dois ou apenas uma pessoa que se doa com amor incondicional.

Quando começamos a frequentar a escola formal surgem outras pessoas importantes. As “tias” e os “tios” do pré, o encanto pelos professores do ensino fundamental, a contestação injusta aos educadores do ensino médio (na adolescência), a aposta nos professores do ensino superior e da pós-graduação. O certo é que, em todas estas fases ou em pelo menos uma delas, tivemos professores ou professoras do bem, aqueles inesquecíveis, porque foram balizadores na formação do nosso caráter.

No dia do professor, 15 de outubro, desejo homenagear os mestres do bem. Figuras ilustres que figuram como heróis da minha existência e eles não foram poucos. Eu te convido a fazer uma reflexão e buscar no túnel do tempo, educadores que foram fundamentais em tua vida. Quem sabe eu e tu possamos nesta data lembrar, de pelo menos uma pessoa importante em nossa educação e, num ato de gratidão escolher um meio de enviar uma mensagem ao querido professor ou professora do bem.

Marco Medronha     mmedronha@hotmail.com

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Vote nos candidatos do PPR


Ilustração: Wilmar Marques

Nas campanhas eleitorais, os candidatos fazem suas propostas para ganhar o voto do eleitor. Quero acreditar que todos eles querem o melhor para a população, mas está cada vez mais difícil acreditar nisso, dado o nível apelativo, demagógico e desgraçadamente debochado de parte dos candidatos no horário político. Por favor... O eleitor não aguenta mais o baixo nível das campanhas. Parabéns! A você candidato que percebeu isto.

No sentido de colaborar com os políticos, para que promovam propostas úteis e coerentes, faço analogia do município com a propriedade rural e lanço, de forma fictícia é claro, o Partido da Propriedade Rural (PPR), com bases sólidas em práticas de conservação do solo e na produção sustentável no campo. As plataformas de ação do partido são direcionadas à agricultura familiar e irão garantir a segurança alimentar, o êxodo rural e a fartura na mesa do campo e da cidade.

Candidatos a vereadores do Partido da Propriedade Rural:
Análise do Solo – Possui grande capacidade de enxergar as deficiências do solo. A partir de um punhado de terra analisada pode trazer grandes benefícios à propriedade ao indicar suas necessidades. É a candidata da saúde, que faz muito com pouco.
Calcário – Presta grande serviço para a educação do solo, sendo responsável pela correção da acidez. O calcário trabalha junto com a Análise do Solo, pois é ela que indica as quantidades, inclusive de elementos para a adubação com fertilizantes.
Terraço – É o candidato da segurança, ele garante que sendo bem feito, de base larga ou estreita, não deixa a chuva nem os ventos roubarem sua terra. Eleger o terraço para sua propriedade é garantia de solo para a produção.
Cisterna – A candidata tem excelentes condições de suprir os períodos de falta d’água. Durante as chuvas, ela capta dos telhados para seu interior, através de canos ou calhas, quantidades de água boa para saciar a sede das pessoas, animais ou irrigar as plantas. É a candidata do abastecimento.
Floresta – É a candidata do meio ambiente.  Quando ela é compreendida como Área de Preservação Permanente nos topos de morros, encostas e margens de rios mantêm o equilíbrio da flora e da fauna. Pode ser fonte de lazer, a Floresta sabe valorizar a propriedade rural.
Artesanato – O candidato que promete rendimento extra para as famílias rurais tem grande capacidade de transformar em fonte de renda o que é descartado na propriedade. Normalmente precisa de inspiração para ser criado, mas promete satisfação para quem o produz.
Agroindústria – É uma candidata ligada a economia familiar tem a capacidade de aproveitar os alimentos que não são vendidos in natura. É transformadora, auxilia na renda e pode ser a solução alimentar para os períodos de entre safra. 

Candidato a prefeito do Partido da Propriedade Rural:
Agricultor – Trabalhador ou trabalhadora rural, grupo familiar disposto a aplicar as ferramentas de gestão na propriedade, receber assistência técnica, trabalhar em formas associativas e cooperativas.
Escolha os candidatos do PPR para ter mais qualidade de vida no campo.


Marco Medronha       mmedronha@hotmail.com