sexta-feira, 30 de março de 2012

Fonte de vitaminas e sais minerais


Fico realmente triste quando vou ao mercado na cidade e encontro um produtor rural comprando hortaliças, frutas ou até mesmo um frango para consumir em sua propriedade.
As vitaminas e sais minerais que necessitamos para ter saúde, através de uma boa alimentação, estão na horta familiar. Para ter uma é muito simples, basta querer, pois em qualquer cantinho podemos ter uma horta doméstica e mais segurança alimentar para a toda a família.
Fico realmente triste quando vou ao mercado na cidade e encontro um produtor rural comprando hortaliças, frutas ou até mesmo um frango para consumir em sua propriedade. Claro que eles tem este direito, mas é porque no meio rural existe tanto espaço, lugares ensolarados e próprios para ter uma horta ou criar galinhas de forma tão saudável.

“Não quero ensinar o padre a rezar a missa”, por isso não tenho a pretensão de ensinar um agricultor a fazer uma horta doméstica, mas algumas recomendações para quem quer otimizar os espaços.
Ao mesmo tempo vejo tantas pessoas da cidade querendo ter um pedacinho do campo nas suas casas ou em seus apartamentos. Para isso os moradores das áreas urbanas criam, improvisam, aproveitam qualquer cantinho. Como diz o velho ditado “Não quero ensinar o padre a rezar a missa”, por isso não tenho a pretensão de ensinar um agricultor a fazer uma horta doméstica, mas algumas recomendações para quem quer otimizar os espaços.
A primeira providência é escolher um local adequado para montar as estruturas, as hortaliças precisam receber, no mínimo, cinco horas de luz solar por dia. O ideal é instalar a horta na varanda ou junto à janela.
Use jardineiras grandes, as plantas podem crescer até 2,5 vezes o tamanho do vaso. Aproveite qualquer vasilhame, para fazer as jardineiras, com volume de no mínimo 1 litro. Estas podem ser feitas com cano de PVC (30 cm de diâmetro) cortados ao meio. Também utilizar garrafas PET de 2 litros (cortadas acima da metade). De um modo geral, as jardineiras devem acomodar um volume de terra fértil e os materiais podem ser de plástico, argila, cerâmica, fibra de vidro, madeira ou outro material disponível em casa.
Escolha hortaliças com raízes curtas: alface, coentro, cebolinha, salsa, pimentão, couve folha, tomate-cereja e morango.  A cenoura, o rabanete e a mandioquinha, por exemplo necessitam de solos mais profundos.
Se nós podemos ter uma horta do lar, como fonte segura de vitaminas e sais minerais em casa, vamos adotar uma. Por certo, além de economizar poderemos ter mais saúde e uma ótima forma de fazer terapia.
Depois gente,  é só cuidar: verificar a umidade da terra todos os dias; observar a presença de insetos ou doenças e acompanhar o desenvolvimento das plantinhas.
Se nós podemos ter uma horta do lar, como fonte segura de vitaminas e sais minerais em casa, vamos adotar uma. Por certo, além de economizar poderemos ter mais saúde e uma ótima forma de fazer terapia.

Marco Medronha
mmedronha@hotmail.com

segunda-feira, 26 de março de 2012

Lição do Rato


Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote.
Pensou logo no tipo de comida que haveria ali.
Ao descobrir que era ratoeira ficou aterrorizado.
Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:
- Há ratoeira na casa, ratoeira na casa !!

A galinha:
- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
O rato foi até o porco e:
- Há ratoeira na casa, ratoeira !
- Desculpe-me Sr. Rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Fique tranqüilo que o Sr. será lembrado nas minhas orações.

O rato dirigiu-se à vaca e:
- Há ratoeira na casa!
- O que? Ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!
Então o rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira.

Naquela noite, ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima.. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro, ela não percebeu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher...

O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital.
Ela voltou com febre.
Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha.
O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.

Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la.
Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.
A mulher não melhorou e acabou morrendo.

Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.

Moral da História:
O problema de um é problema de todos!


 Marco Medronha
mmedronha@hotmail.com
·         Esta Fábula recebi do amigo jornalista de Curutiba/PR, Josué Pinheiro.  


sexta-feira, 2 de março de 2012

Uma campeã no campo


A mulher ocupando espaços na sociedade contemporânea não causa mais estranheza, com o passar do tempo a linha imaginária que separava funções para o masculino e feminino está aos poucos se apagando. No mercado de trabalho, por exemplo, a participação da mulher teve impulso a partir da década de 70, com a expansão da economia e dos processos de urbanização. Neste começo difícil, as mulheres eram na maioria jovens e com baixo grau de instrução.
Mais recentemente tivemos quebras de paradigmas: a primeira mulher governadora no Rio Grande do Sul e a primeira mulher presidente do Brasil.
Atualmente o panorama é outro, as mulheres avançaram na área educacional, concluem cursos médios e superiores, disputam cargos de chefia e chegaram, com muita competência também na política. É comum ver mulheres  atuantes nas câmaras municipais, nas prefeituras, no legislativo estadual, federal, no senado. Elas estão nos mais altos cargos do judiciário e de grandes empresas nacionais. Mais recentemente tivemos quebras de paradigmas: a primeira mulher governadora no Rio Grande do Sul e a primeira mulher presidente do Brasil.
 Neste contexto de conquistas estão também as trabalhadoras rurais e seus movimentos.
Não é possível falar de todas as conquistas das mulheres em alguns parágrafos, para isso existem inúmeros trabalhos acadêmicos sobre o assunto. Neste contexto de conquistas estão também as trabalhadoras rurais e seus movimentos. Os avanços, ainda tímidos, são relevantes. O trabalho dos antigos Clubes 4S, iniciados pela extensão rural e que persistem até hoje foi o principal responsável pela descoberta de lideranças femininas no meio rural.

Seria também injusto com as mulheres falar apenas daquelas que tiveram destaque em suas áreas. Pessoalmente conheço mulheres guerreiras que são vencedoras e travam diariamente várias batalhas, jornadas de trabalho para produzir e sustentar suas propriedades rurais. Muitas vezes são anônimas, mas fundamentais na manutenção do equilíbrio e da harmonia familiar.
 Assim como o rei, nossa campeã é miúda e vem de uma família de camponeses.
Para representá-las quero falar de uma que conheci em Pinheiro Machado, uma verdadeira campeã. Ela não é simplesmente uma mulher do campo, mas uma campeira e mestre na arte de lidar com as ovelhas, alguém com desígnio e propósito semelhantes aos do rei Davi.  Assim como o rei, nossa campeã é miúda e vem de uma família de camponeses. A diferença é que ela não teve irmãos e realizou ao natural, todas as lidas possíveis com o rebanho, algumas inclusive entendidas como tarefa de homem.

Ela, uma mulher do campo, poderia ser personagem da ficção, ser protagonista de algum seriado para televisão ou figura central na tela do cinema. Mas é real e muitas pessoas conhecem suas façanhas, pois em torneios recentes foi campeã na arte de tosquiar ovelhas; em concurso internacional realizado em Bagé, concorreu com nove homens e para não humilhar foi vice-campeã. Ela tem nome, sobrenome, endereço e entendo que devo proteger, por enquanto, sua identidade. Embora seja impossível esconder seus feitos de campeã.

Marco Medronha