Na chamada Era da Informação, também conhecida como Era Digital ou Tecnológica, caracterizada por invenções do tipo microprocessadores, rede de computadores, fibras óticas e computadores pessoais, cada vez mais o conhecimento passa a ser commodities, algo valioso para a tomada de decisões e, nesse contexto, estão dois personagens fundamentais para o desenvolvimento agropecuário efetivo: o extensionista rural e o agricultor, que representa é claro, toda a sua família e a classe de trabalhadores do campo.
Recebi recentemente este texto, do colega e engenheiro agrônomo, Cláudio Doro e como excelente extensionista rural que é entende perfeitamente a importância da comunicação e educação para se construir uma consciência de “agricultor cidadão”, ele diz assim:
“A comunicação traz inúmeras contribuições para se alcançar, o tão desejado desenvolvimento sustentado do setor agropecuário, destacando-se dentre elas, a que fala mais de perto do principal objetivo da Extensão Rural: trabalhar para que os produtores rurais e suas famílias participem do seu próprio desenvolvimento, aprendendo a identificar seus problemas e debater, entre si, as experiências para a solução dos mesmos, sem falar da geração de emprego e distribuição da renda.
Para a Extensão Rural, o agropecuarista não deve ser, apenas, um homem para cultivar lavouras e criar animais. Ele é uma pessoa, um chefe de família, um cidadão, um membro de comunidade e participante do desenvolvimento socioeconômico e cultural do meio em que vive.
A Extensão Rural é fundamental no meio rural, pois trabalha com a educação não formal dos agricultores familiares, têm a responsabilidade de formar um indivíduo/cidadão, sobretudo no mundo globalizado, com visão de futuro, com novas habilidades e acompanhando o que se passa, também fora da porteira, enfim exercer seu direito de cidadania.
O Extensionista rural deixou de ser apenas um repassador de novas tecnologias, para ser um comunicador e educador, exigindo aplicar seus conhecimentos de sociologia, psicologia, antropologia e ética, objetivando transformar os agropecuaristas em agentes do processo produtivo, valorizando seus conhecimentos e respeitando seus anseios”.
Por mais de 60 anos, o papel de educador e comunicador do extensionista constrói uma relação de amizade e confiança no meio rural do Rio Grande do Sul. As famílias rurais ultrapassam etapas na comunicação, embora os primeiros métodos: “visitas”, ainda sejam praticados, hoje as informações chegam também por meios massivos como o rádio e a televisão e neles o agricultor também ouve e se vê passando a ser protagonista da sua própria história.
Marco Medronha mmedronha@hotmail.com
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